Poema inspirado em minha peça teatral "Anonimato e morte de Doralinda", na foto: Rita Oliveira (Doralinda), Foto de Joelma Marcolino, direção: Lya Bueno, Direção de arte: Antonio Apolinário).
Da nem tão linda vida de Dora
Árida vida
De Dora nem tão linda
Da dura vida de tantos dias ser Dora
Doura a vida de sol
Doura a vinda de lá
De quem já sabe que partiu
Da vida já vivida e que quer ser relida
Nem tão linda assim
Mas que dura a fio
Não tão dura pra meu rio
Da vida tecida sem brilho
Da vida cheia de mágoa
Da vida tecida sem amores
Da vida cheia de mágica
Só na mente desbotada de Dora
Despida agora de vida
Só não mente e cora
O diretor gritou luz, câmera... ação!
Brilhou Doralinda
A estrela morta no céu do sertão
Ser... tão só...
Dó ré mi fá...
Sol lá si dó...
Dó... ra... linda.