Adormeça-te!
Oh amada!
Adormeça sob o céu azul marinho de veludo
Descansa-te sobre os sonhos de algodão
Enquanto a madrugada se esvai em orvalho
Teus cílios repousam a inocência do abandono
da consciência diurna
da consciência diurna
Tão real e tão imaginária
Clamas pelo não acordar
Por um despertar que não chegue breve
Remete aos sonhos pictóricos, seus desejos mais incontidos do corpo teu
Mesmo inconsciente sente o sopro da brisa quente como se fosse hálito alheio
Brada silêncio inatingível postergado ao infinito
que nunca chegará
que nunca chegará
Sob a inveja da lua, tamanha alvura se expõe
Fazendo assim com que a tal abandone a noite de vez
Sob os macios tecidos do sono se mantém assim distante do mundo
Em leito virginal, mal pode imaginar que a lua agora também adormece ao seu lado
Tece assim um novo sonho, um novo sono... lunar
A nova companheira cobiça acordar com um beijo teu.
Acorda-te!
Oh amada!
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