(em tempos de reciclar, publico aqui poema
criado e escrito em caderno, vinte anos atrás)
--> criado e escrito em caderno, vinte anos atrás)
Tarde nublada
Chuva sonífera
Folhas secas correm
Janelas e cortinas
Fechadas como escudos
Assovio de vento
Silêncio barulhento
Caladas paredes
Paredes cinza
Tudo agora está cinza
A vida está cinza
De vários tons
Que chegam até o preto
Como num filme noir
Como a noite que há dentro de mim
Sem lua
Sem estrelas
Só restam cinzas
Cinzas e sombras
Cinzas do desgosto tragado
Sombras do medo da incerteza
As cinzas são...
As sombras serão...
Elas anunciam dentro da névoa
Um amanhã desconhecido
Que poderá trazer cores
Que ferindo aos poucos
Poderão me restaurar
Das cinzas e das sombras
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