Estou à espera...
Espera tua
Com o andar da lua
Com o passar das nuvens
O cair da neve em flocos
O derramar de teu leite pro seu deleite
O nada
O conjunto vazio
A pureza imaculada do que nunca existiu
As pedras de gelo que derretem
As brancas páginas sem dizeres
O teu despir
O branco dos olhos ao despertar
É a noiva sem par
O buquê sem ter para onde migrar
Grãos de arroz parados no ar
A espera é branca
Alva nudez
A noiva seminua se despindo no altar
A pureza inútil de que nada vale
Talvez sentar na escada
E esperar sob a chuva...
Que um dia
Cedo ou tarde
Irá cessar.
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