A tarde doidivana
Encara a noite que ainda esta por vir
E cai assim insana
Fútil, volátil,
Fugidia...
Esbraveja, a profana.
E se deita, se entrega... mundana!
Esconde o sol no armário
E recebe a lua que bate a porta.
O que importa?
E a noite vem nua,
De se ver,
Crua de se ter,
Fria de se envolver.
A tarde promiscua dos amantes
Se esparrama preguiçosa
No ócio da bossa,
nos lençóis do firmamento.
Ainda quente se excita,
Pensando na lua que aflita...
Fica na fossa.
Ainda sugere coisas... palpita
A tarde é a preguiçosa do dia,
A eterna sesta!
O autoritário e pontual sol,
Homem das manhãs e das manhas,
E das manias tão vãs.
A tarde é assim, se arde e invade
Sem querer ser de ninguém
Nem do sol, nem da lua,
Tão pouco do dia que lhe entedia,
Ou ainda da noite que lhe da açoites.
A tardezinha foge felina pela janela
E deixa todos molhados de
desejo
Tardezinha de verão
Vadiazinha...
Sem consideração.
E começa a chover, para fechar essa poesia com chave de ouro!
ResponderExcluirGostei muito! Aliás, ficou muito gostoso de ler.
Abraços! `^^´