sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Confissões ruborizantes do claustro vermelho - "Virginia"




Virginia havia viajado o mundo inteiro, devido seu trabalho com sua carreira bem sucedida como modelo e também com seu marido por causa do trabalho dele - não vem ao caso - ainda assim sempre viajavam nas férias.

Um dia Virginia cansou de tudo isso, do estar em vários lugares, decidiu que precisava de repouso, sossego, tranquilidade, transformação...

Queria agora pousar suas asas cansadas...

Soube da mansão rubra que realizava os mais exóticos desejos e assim foi para lá, e aterrissou...

E seu desejo foi fazer as coisas mais vulgares que todo mundo faz todos os dias, sem glamour, sem novidades, a vida medíocre e cotidiana. 

Queria agora o essencial, o principio e desta forma, não quis mais seu marido. Para poder sentir o sabor da essência da vida solicitou a “casa”, homens simples – que não cheiravam à ouro e à cobre -, e assim se entregou ...


Agora era uma mulher normal, que fazia coisas normais: lavava louças, limpava chão, lavava as privadas da mansão vermelha, cozinhava...
e recebia homens normais, trabalhadores, pedreiros, operários, bancários, vendedores...

Sendo assim havia renascido... rompia a casca do casulo da velha vida de outrora e se expelia saltando para o mundo de uma nova vida.

Encontrava agora sua origem, só não sabia o quanto poderia durar, e querer então correr de volta para o brilho do passado. Voaria envolta da luz enganadora de ilusão e se debateria até morrer seca. Mas a vida é assim, repleta de fases, suas mutações, seus ciclos. 

Agora sentia que voava... sem sair da cidade... sem tirar os pés do chão.




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